Estão abertas as inscrições para seleção de 800 mineiros que desejam ser voluntários nos testes da fase 3 da vacina contra o coronavírus, a CoronaVac, desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O ensaio, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por todas as outras entidades que regulamentam esse tipo de procedimento nos campos ético e legal, é coordenado em todo o Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo. A vacina começa a ser aplicada na próxima semana.
Em Minas Gerais, os testes estão a cargo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF) do ICB, sob coordenação do professor Mauro Martins Teixeira.
A participação é restrita a médicos, enfermeiros e paramédicos, que atuem diretamente no cuidado de pacientes infectados pelo vírus e cumpram todos os critérios:
• ter mais de 18 anos
• não ter sido contaminado pelo novo coronavírus
• não participar de outros experimentos
• não estar grávida
• não ter intenção de engravidar nos próximos meses
• não apresentar doenças crônicas
• não fazer uso de medicamentos contínuos
• ter registro ativo no conselho profissional de seu ofício
Caso preencha todos esses critérios, o voluntário deverá entrar em contato com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos do ICB-UFMG, pelo e-mail profiscovbh@gmail.com.
O professor Mauro Teixeira explica que a vacina utiliza o vírus morto e purificado, uma tecnologia conhecida e de eficácia já bastante comprovada para doenças como gripe, poliomielite e pneumonias, entre outras.
Resultados mais rápidos
Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a escolha por profissionais de saúde que trabalham com pacientes de covid-19 deverá agilizar os resultados dos testes. Serão nove mil voluntários em todo o Brasil. Os resultados dos testes devem sair em outubro.
Além de centros de pesquisa de Minas e São Paulo, participam outros do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. Se comprovada a eficácia da vacina, o acordo com a Sinovac prevê a transferência de tecnologia para o Butantan produzir 100 milhões de doses, das quais 60 milhões ficarão no Brasil. O imunizante será distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais informações podem ser encontradas no site do governo de São Paulo, ao qual está vinculado o Instituto Butantan.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do ICB
A Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) será um dos 12 centros que serão responsáveis pelos testes de fase 3, em humanos, da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O anúncio foi feito pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), nesta quarta-feira (1º).
Além de Minas, Dória informou que os testes vão ser realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de mais cinco estados: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos do mundo.
“Quero ressaltar que o acordo com a Sinovac prevê explicitamente a transferência de tecnologia para a produção em escala industrial da vacina contra o coronavírus em São Paulo pelo Butantan. E assegurar também que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS em São Paulo e em todo o país. A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de unidades da vacina”, disse o governador de São Paulo.
Procurada, a UFMG ainda não se manifestou sobre a pesquisa ou sobre quando abrirá cadastro para voluntários.
Procedimento
A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Sinovac é considerada por muitos especialistas como uma das mais promissoras do mundo, pelo fato de usar tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas.
Com essa perspectiva, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente.
O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. O modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.
Agora a farmacêutica fornecerá ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o intuito de demonstrar sua eficácia e segurança. Caso a vacina seja aprovada, os passos seguintes serão o registro do produto pela Anvisa e fornecimento da vacina pelo SUS em todo o Brasil.
“A união da experiência do Butantan na produção de imunobiológicos aos esforços da Sinovac permitirá que logo o país tenha uma vacina efetiva e segura contra a Covid-19, protegendo as pessoas e salvando milhares de vidas”, disse o diretor do Instituto Butantan e integrante do Centro de Contingência do Coronavírus do estado, Dimas Tadeu Covas.
Covid em Minas
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretária de Estado e Saúde de Minas Gerais (SES-MG), nesta quarta-feira, Minas tem até o momento 47.584 casos de coronavírus confirmados e 1.007 óbitos pela doença. O balanço também aponta 27.912 casos recuperados e que a letalidade da doença no estado é de 2,1%.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para comentar os testes da vacina que serão feitos em Minas, mas a pasta informou que as negociações sobre o assunto não passaram pela secretaria e foram feitos diretamente pelo Governo de São Paulo com a UFMG.
Fonte: Jornal Hoje em Dia
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